O RÁDIO E A TELEVISÃO
DO PARANÁ
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
RENÉ ARIEL DOTTI
têm prioridade no acolhimento do mestre. Essas pessoas
não são identificadas por classe social, contas bancárias
ou prestígio político. São homens e mulheres que podem
simplesmente representar uma elite cultural e que
por isso ganham as atenções de René Dotti. Jornalistas
e sua missão de informar, por exemplo, serão sempre
prioritários no atendimento do advogado, pronto a usar
sua didática ampla para destrinchar interpretações e a
dar pareceres de que o País pede sobre a mídia (como
é o caso da mais expressiva colunista diária do Paraná,
jornalista Ruth Bolognese) ou muitos outros domínios,
excetos os ramos do Trabalho e Tributário.
A advogada e mestra em Processo Civil pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR), Rogéria Dotti, filha de
René, é a segunda pessoa na hierarquia da banca. Cláudia
Penovich vem em seguida. Os advogados que estão
na linha de ponta da banca, ao lado do mestre e da filha,
são Julio Brotto e Beno Brandão.
Um dos pareceres mais significativos de Dotti ficou
pronto no final de 2008. Revela, em seu raciocínio e
nas conexões que faz, a largueza de visão própria de um
cientista do Direito.
O consulente foi uma das duas personalidades mais
conhecidas e acatadas do catolicismo de hoje no Brasil
(o outro é o padre Marcelo Rossi), monsenhor Jônas
Abib, fundador da “Canção Nova”, movimento popular,
conservador e ao mesmo tempo renovador do catolicismo
brasileiro, com acústica internacional (tem reconhecimento
pontifício do Vaticano e áreas missionárias
em 30 países). Comanda cadeia de rádio espalhada pelo
país, editora, emissora de televisão com cobertura nacional
e milhões de seguidores. Seus meios de comunicação
não têm anúncios comerciais, são mantidos pela
fé dos amigos da Canção Nova.
De convicções próximas do espiritismo, formadas na
infância por influência da mãe – que foi sua verdadeira
mater et magistra –, Dotti produziu, no entanto, uma
peça antológica no parecer em que defende o sacerdote
católico da acusação (e denúncia do MP da Bahia,
acatada por um juiz de Direito de Salvador, em abril de