para variantes, como para o livro “Veredictos e Condenações”,
do prêmio Nobel de Literatura de 1981, EliasCanetti.
Em suas conferências, Dotti irá sempre expor familiaridade
com os grandes pensadores do Direito, os que
mais influenciaram sua formação, como Beccaria (século
XVIII), Carrara, Ferri e Lombroso (século XIX) e
Bettiol (século XX).
Sobre Bettiol, que conheceu em Curitiba, nos anos
60s, quando o pensador italiano aqui fez conferências,
Dotti recolheu “uma grande lição de vida”. O constituinte
italiano de 1947 transferiu-lhe a certeza – a partir
de sua experiência pessoal – “de que é nos momentos
de adversidade que se deve aprimorar o que se tem de
bom, as grandes qualidades”.
Bettiol, recorda Dotti, não tendo ido para o front, na
Segunda Guerra, aproveitou esse certo vácuo para fazer
profunda imersão no Direito, Filosofia, Política, anos
1930/40. O resultado foi uma obra de matrizes únicas.
No conforto de seu gabinete, ou na biblioteca em que
preside a primeira parte da reunião diária de pauta com
seus associados – a partir de 8h30 da manhã –, René vai
respondendo pausadamente aos pedidos de avaliação de
personalidades do Direito. Sem titubear, garante que na
geração anterior à sua, de grandes advogados criminalistas
do Paraná, Francisco Cunha Pereira Filho foi presença
impressionantemente forte. “Um orador com paixão,
empolgava o júri, era impossível ficar-se alheio aos
O ano de 1992 entrou na história do país pelos gritos
da juventude de cara pintada com o “fora Collor”.
René não foi às ruas, mas agiu com os melhores instrumentos
de que dispunha, ajudando a desalojar do Planalto
o então presidente acusado de toda sorte de rupturas
constitucionais e morais. Pois, juntamente com outros
juristas do maior peso possível – ex-ministro do STF
Evandro Lins e Silva, Fábio Konder Comparato e Miguel
Reale Junior – foi co-relator da petição de impeachment
de Fernando Collor da Presidência da República, apresentada
ao presidente da Câmara naquele ano.
Se Collor não lhe deve nada, Requião teve boa parte de
para variantes, como para o livro “Veredictos e Condenações”,