O “Desa”, como alguns citavam, esteve em São Paulo, em Santa Catarina e até na divisa de Paraná, Santa Catarina, Brasil e Argentina, isto é, em Barracão.
Disputou quatro copas Arizona, sendo campeão estadual em duas e noutra vice. Esta era uma competição nacional patrocinada pela Souza Cruz e em dois anos a equipe em São Paulo, chegando a ser terceira colocada numa das oportunidades e na outra quarta. Num dos títulos estaduais houve o confronto com o campeão de Santa Catarina e o time “barriga verde” foi o vencedor, ganhando condições de seguir na competição.
O Desavergonhados era formado a base de amigos, a maioria do Boqueirão e fez sucesso durante mais de 25 anos. Acontece que a idade foi pegando, alguns se mudaram, inclusive o Zezo, em função de doença, foi morar no litoral e sem ele e a comadre, ficou difícil de tocar. Mesmo assim hoje ainda as vezes alguns dos componentes do grupo se reúnem para um bate bola. O time dos “Desavergonhados” foi também campeão do “Veteranão”, campeonato promovido pelo Diário Popular, organizado pelo jornalista Leonidas Rodrigues Dias
DIÁRIO
Já que citei o Diário Popular, lembro que trabalhei por uns quase vinte anos neste jornal. Foram três passagens pela empresa, sendo a última, de 13 para 14 anos. Ainda trabalhei nos jornais Jornal de Curitiba, da família Barroso, Folha de Curitiba, do Bento Chimelli (Beneli), Diário da Tarde e Gazeta do Povo. Foi um prazer trabalhar em jornais e televisões, mas o gosto maior é mesmo o rádio, uma verdadeira paixão e paixão dizem não acaba nunca, por isto continuo madrugando todas as manhãs à partir das 5 horas na Rádio Colombo, AM-20.
Em rádio além da B-2, onde comecei passei ainda por Nereu Ramos, de Blumenau, Colombo, Curitibana, Independência, Tapajós, de São José dos Pinhais, depois Nova Terra e hoje Mais, Tingui, Universo e Cultura. Em algumas passei por duas e até mais vezes.
PROFISSIONAL
Também imaginava ser dirigente do Ferroviário e não tive oportunidade, afinal de contas ainda era muito jovem, mas acompanhei o clube muito de perto, inclusive participando de reuniões de seu Conselho Deliberativo. Com o surgimento do Colorado, levado pelo Eny Egas, eleito presidente e que não chegou a assumir face a falecimento prematuro, me tornei conselheiro. Depois indicado pelo Joaquim Cirino dos Santos, fui vice presidente de futebol, tendo como diretor o Azis Domingos, que muitos pensam ser meu parente, o que não é verdade. Foi um grande companheiro e até hoje sinto saudades dele, que nos deixou muito cedo. O “Zizinho” era um “parceiraço”, como foi o compadre Zezo, também já falecido, durante vários anos.
PARANÁ
Com o surgimento do Paraná Clube, fui indicado e eleito conselheiro, hoje sou vitalício. Fui vice presidente em várias áreas, inclusive de futebol profissional onde se recuperou depois de nove anos o titulo estadual, boas campanhas em brasileiros levando a equipe a Sulamericana e a Libertadores da América. Mas, como no futebol se vai em questão de segundos do “céu ao inferno”, tenho a tristeza de carregar a mágoa de estar na vice presidência de futebol quando do rebaixamento para a 2ª. Divisão, mas logo o Tricolor estará de volta à elite.