Ao contrário de seu “anjo” Douglas é tímido. Prefere passar despercebido, não faz só humor, trabalha na produtora Mega Mídia como Produtor de Áudio. Isso sem contar os 10 anos de estrada com o Herança de Gaiteiro: “Não é show, é baile! Baile gaúcho. Não sou artista pra fazer show, toco baile gaúcho para ganhar uns trocos a mais e por adorar tocar minha gaita nos fandangos. O grupo é parte de minha vida. Assim como sou fã de todos os grupos que são e permanecem gaúchos.” “Et”, ou melhor, Douglas toca gaita ponto, gaita de botão, gaita botonera.Toca contrabaixo também, mas a gaita é sua paixão: “Um lugar onde tocamos frequentemente é o Clube Tradição no Boqueirão, os bailes começam nas sextas às 23h se estendendo até ás 04h. Tocamos pilchado (indumentária gaúcha tradicional), sou empregado do grupo e estou há mais de 10 anos com eles” conta Douglas que como melhor baile de sua vida destaca o de Campina do Taquaral (São José dos Pinhais).
E onde um “Et” costuma ir em Curitiba? “Freqüento postos de gasolina quase duas vezes por dia, durante anos. Na verdade não acho muito legal, mas meu opala adora não sei por quê, bebe, bebe e bebe. Eu é que chego a ficar tonto, meu bolso fica tonto também. Mas adoro ele! (Douglas tem um Opala, essa é a nave espacial que o ET utiliza ). Fora isso ele adora ficar em casa, (que passou a ser um lugar para freqüentar já que passa o dia na produtora, na rádio e as noites nos bailes). “Odeio shoppings, odeio pizza e odeio cachorro quente. Adoro feijão com arroz e suco de laranja, pão com costela, quirera com carne de porco com charque e chimarrão. Para as compras é o supermercado Zamprogna e o Extra da Kennedy”, para sair com os amigos vai a Sanduícheria Porco Nobre, bate cartão no Boteco do Ramalho e janta na Churrascaria Alto da Glória por conta da permuta da rádio, claro!
E o “Et” chorou...
Douglas revela que só existe duas coisas na vida que o fazem chorar: cortar cebola e a defesa do Taffarel na copa de 94: “foi a melhor defesa que eu já vi um goleiro fazer na vida, eu olho para ela e choro”.
“Et” apesar da ambigüidade é um ser humano completo, apesar do bom humor que lhe é característico tem sonhos, se emociona, se indigna, ainda quer estudar música com Renato Borghetti, Luciano Maia, Regis Marques, morar numa fazenda no “meio do mato” longe da cidade. Douglas com sua competência mudou o jeito de se fazer futebol no Paraná, por si só conquistou espaço, fã e adeptos. Por isso essa “invasão alienígena” é sempre bem vinda em todos os rádios e servirá no futuro como a linha que separa o antes e o depois das transmissões esportivas no estado.
Postado por Emanuelle Spack