“O trabalho não se resumia à produção da publicidade, mas todo um estudo de como ajudar o cliente”, lembra o pioneiro. “Queríamos detalhes da empresa, sua área de atuação, que público pretendia atingir e qual a melhor maneira para chegar ao objetivo. Não cobrávamos nada por isto e talvez esta tenha sido a razão para que conquistássemos uma clientela tão vasta.”
O trabalho de gravação era raro no Brasil e a Emecê se tornou uma referência no País. Um time de jovens locutores de timbres privilegiadas, a exemplo de Luiz Carlos Vecchi, Vidal Balielo, Nilton Lima, Frambel de Carvalho, era disponibilizado aos clientes e jovens compositores, cantores e bandas gravavam as propagandas cantadas. A publicidade visual também contou com grandes artistas, entre eles Sebastião Costa, que desenhava logotipos, logomarcas, cartazes, banners, bandeirolas e artes finais para jornais e revistas.
Com a chegada da televisão à região, a produtora trabalhou também com áudiovisual, inclusive produzindo alguns dos primeiros filmes em cores em uma época em que os canais de tevê iam aos poucos deixando o preto e branco.
Na década de 1970, a Emecê Gravações, que Cadamuro instalou no Edifício Três Marias, produzia jingles, spots, filmes e até desenhos animados para emissoras de rádio e tevê de vários Estados brasileiros e o nível de qualidade levou à produção de discos de duplas sertanejas, cantores e até de corais. Uma das gravações históricas é a do Coral Guarany, dirigido pelos maestros Fuminasa Otani e Aniceto Matti, interpretando o Hino à Maringá.
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior