No ano seguinte, o Teatro Paiol recebe a primeira peça de teatro de sua história, “Arena conta Tiradentes” (dos mesmos autores). Também em 1972, “Via Crucis”, escrita pelo próprio Gemba, é encenada no Teatro Guaíra. Todas eram musicais de forte cunho político, surpreendendo que tenham driblado a censura da época, e em todas elas Evanira atuou, mostrando seu engajamento com a arte nacional e seu bom gosto em termos de escolhas profissionais. Décadas mais tarde, nos anos 90, atuaria também em peças como “Bruxas de Salém” e “Ópera dos 3 vinténs”.
É com “Funeral para um rei negro”, porém, que Evanira vai entrar para a história. Ao lado do cantor Lápis (que a chamava de “irmã”) e também dirigida por Gemba, estrelou em um espetáculo musical que marcou gerações naquele ano de 1975 (há registros sonoros do espetáculo preservados). A canção-título foi uma homenagem a Joãozinho da Goméia, tido como um dos mais antigos babalorixás brasileiros.
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior