Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
2 – A GUERRA DOS PELADOS (1971)
Sinopse
Outono de 1913, interior de Santa Catarina, Campanha do Contestado. A con¬cessão de terras a uma companhia da estrada de ferro es¬trangeira para explorar suas riquezas através de uma serraria subsidiária, e a ameaça de redutos mes¬siânicos de posseiros expropriados, geram um sangrento conflito na região. Por exigência dos “coronéis”, forças militares regionais e o Exército nacional intervêm. Mas, os “pela¬dos” (assim chamados por rasparem a cabeça) se revoltam, protagonizando uma resistência à semelhança de Canu¬dos.
Elenco
Átila Iório, Jofre Soares, Stênio Garcia, Do¬rothée-Marie Bouvier, Emanuel Cavalcanti, Maurício Távora, Otávio Augusto, Zózimo Bulbul, Lala Schneider, Jorge Karam, Edson D’Ávila, Sale Wolokita, Walter Cunha, Jairo Ferreira e o povo da cidade de Caçador (SC).
Ficha técnica
(35mm, cor, 98 min.)
Roteiro e diálogos: Sylvio Back
Adaptação e pesquisas: Oscar Milton Volpini
e Sylvio Back
Baseado no romance “Geração do Deserto”,
de Guido Wilmar Sassi
Fotografia e câmara: Oswaldo de Oliveira
Figurinos e cenografia: Isabel Pancada
Música: Sérgio Ricardo e Théo de Barros
Montagem e edição: Maria Guadalupe
Produção executiva: Enzo Barone
Direção de produção: Sérgio Ricci
Produção: Sylvio Back,
A.P. Galante e Alfredo Palácios
Direção: Sylvio Back
Premiação
Prêmio de Qualidade
(Instituto Nacional do Cinema - INC/1971)
“Melhor filme brasileiro”
(“Folha de S. Paulo”/1971)
Prêmio “Governador de São Paulo”/1971
Três prêmios para o elenco
(I Festival de Cinema de Guarujá - SP/1971)
Menção Especial
(II Semana Internacional do Filme de Autor,
em Málaga (Espanha)/1971
Seleção oficial
XX Festival de Cinema de Berlim
(Alemanha Ocidental)/1972
Crítica
Uma das raras e bem-sucedidas tentativas brasileiras no cinema épico.
– “Vídeo 93”, São Paulo, 1993.
Sylvio Back conseguiu fazer um filme ágil, dinâmico na sua linguagem, na sua estilística.
– Celso Marconi (Recife, 1972)
Mesmo sem forçar comparações bombásticas, pode-se reconhecer em "A Guerra dos Pelados" um equivalente sulino do glauberiano "Deus e o Diabo na Terra do Sol". Recriando livremente episódios da Guerra do Contestado (Santa Catarina, anos 10), o filme engendra um cruzamento semelhante de motivações políticas e impulsos irracionais, apontando para uma antropologia da luta popular.
– Carlos Alberto de Mattos em "Sylvio Back - Filmes Noutra Margem",PR/1992).
Não resta a menor dúvida de que "A Guerra dos Pelados" é um filme elaborado com cuidados excepcionais de produção e de inventividade fílmica.
– José Tavares de Barros (João Pessoa-PB/1977).