Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
Aristeu Berger
Essencialmente ator. É assim que a família de Aristeu Berger o define. Uma pessoa extremamente feliz e engraçada, que dedicou sua vida à arte e à família. Nascido no interior do Paraná, em Prudentópolis, veio para Curitiba com 18 anos. Depois disso, morou no Rio de Janeiro, onde contracenou com grandes atores brasileiros como Tônia Carrero e Paulo Autran.
Entre teatro, cinema e comerciais de televisão, o paranaense também era funcionário público da Assembleia Legislativa do Estado, onde fez durante mais de 30 anos bons amigos. Formou-se em Direito, mas sua verdadeira paixão era ser ator. Adorava as artes em geral, mas nutria também pelo desenho um amor especial. Rabiscava e pintava sempre com muitas cores, que eram o reflexo do amor e da felicidade que transmitia para quem o rodeava.
Casou-se aos 30 anos com uma bela moça que conheceu no ônibus, na saída de uma peça de teatro no Rio de Janeiro. Trocaram bilhetes e namoraram por carta durante muito tempo e permaneceram casados por 46 anos. Companheiros inseparáveis, sua esposa o ajudou a fazer o roteiro de algumas peças.
Era visto pelas filhas e pelos amigos como um grande tirador de sarro, sempre de muito bom humor. Onde chegava, tinha uma piada ou algo engraçado para repartir com os outros. Mais do que seu trabalho e sua arte, deixou como grande legado para sua família o exemplo de um bom coração. Deixa esposa, três filhas e cinco netos.
ARISTEU BERGER
Grande ator. Grande companheiro. Simples, honesto, trabalhador, tinha paixão pelo seu trabalho. Merecia o aplauso que recebia. Não mereceu o descaso com que nossos empresários da comunicação trataram nossos artistas. A ele e todos os demais que escreveram com muito esforço, dedicação e amor, a mais bela página da história da nossa televisão.
Embora tenhamos algumas tímidas iniciativas, não mudou muito a condição de trabalho dos nossos artistas. São infinitamente piores do que quando iniciaram a televisão. A falta de empresários comprometidos com a arte e a cultura do nosso estado, fizeram com que nossos atores, atrizes, autores e muitos mais, migrassem para, primeiro São Paulo e depois, Rio de Janeiro. Vejam os mais destacados nomes dos elencos de hoje, são paranaenses e aqui poderiam compor grandes trabalhos e exportar nossas produções para o Brasil e para o mundo. Tínhamos tudo para ser o maior núcleo de produção dramatúrgico do país, menos empresários. Pena!