na Praça Rui Barbosa, este regido por dona Isabel Parodi.
Mas o grande ateneu, inesquecível e que lhe marcou
o intelecto e a sensibilidade, foi o Colégio Estadual do
Paraná, do qual foi aluno de 1951 a 1953 – esse, o ano
do Centenário do Paraná. O colégio fixou-lhe a imagem
de professores de um padrão de qualidade quase irrepetível,
presenças fortes e apaziguadoras das ânsias e
ímpetos juvenis. Gente como o professor Francisco Ribeiro,
professor Sandoval, professor João Mazzarotto....
Da essencial escola de cidadania e aprendizado político
que foi o Centro Estudantil do Colégio Estadual do
Paraná (CECEP), René foi dirigente. A posse, recorda,
teve a presença de um intelectual raro, um refinado cidadão,
com alma de pesquisador, o professor Newton da
Silva Carneiro, então secretário de Educação e Cultura.
Carneiro teve gesto que marcou Dotti indelevemente,
episódio impensável nos dias de hoje, o de um secretário
de Educação prestigiando os primeiros passos de
cidadania de um grupo de estudantes secundaristas...
O ano de 1953 foi também o da fundação de uma das
instituições culturais mais significativas de uma época
em que o teatro tinha papel capital em Curitiba, a Sociedade
Paranaense de Teatro (SPT), fundada pelo hoje
ator global Ary Fontoura.
Sociedade cuja presidência de honra coube a um ícone
dos meios de comunicações sociais curitibanos daqueles
tempos, o radialista e também advogado Arthur
de Souza (“Revista Matinal”, todas as manhã, na PRB-2,
Rádio Clube Paranaense). A patronesse era a professora
universitária Eny Caldeira, educadora de gerações.
Ao lado da SPT tinham vida própria e inserção profunda
na sociedade curitibana outros grupos teatrais
que, ditos amadores, cumpriam um eficiente trabalho
de garantir diversão e propagar novos horizontes culturais.
Lala Schneider, por exemplo, funcionária do SESI,
firmava-se no Teatro do SESI como aquela que seria a
atriz paranaense de perfil insuperável. Alguém que não
quis mudar-se de sua província para os muitos palcos
nacionais e televisão que lhe foram abertos.
Armando Maranhão, com o Teatro do Estudante do