de Segurança Nacional”, jornalistas como Luiz Geraldo
Mazza, Walmor Marcelino, Peri de Oliveira e Milton Ca-
valcanti, Silvio Back, Milton Ivan Heller, Adherbal Fortes
de Sá Junior, Jairo Regis, entre outros. O Supremo
Tribunal Federal concedeu um habeas corpus, em 1967,
arquivando o processo. Pelo absurdo das acusações e
por envolver profissionais da comunicação social, o caso
teve retumbante repercussão nacional. Se fossem condenados,
os jornalistas receberiam, em conjunto, a pena
total de mil anos.
Em 1967, outra atuação de ampla acústica no país, a
defesa de prisioneiros políticos envolvidos na chamada
Operação Três Passos. O alvo primeiro era o coronel do
Exército Jefferson Cardim de Alencar Osório. Mas os investigadores
castrenses classificaram como “conspiradores”
o ex-ministro do Trabalho Amaury de Oliveira e
Silva, o médico e ex deputado Walter Pecoits – liderança
do Sudoeste do Paraná – o então superintendente da Supra
(Superintendência da Reforma Agrária), mais tarde
desembargador de Justiça do Tribunal do Rio Grande do
Sul, Elizeu do Gomes Torres. Dotti conseguiu absolver
os três.
Quando relembra esses, dentre outros casos rumorosos
que defendeu na Justiça Militar, Dotti faz como que
uma pausa, a voz ganha uma inflexão entre o dramático
e o saudoso, recordando, ao mesmo tempo, José
Lamartine Correa de Oliveira Lira, mestre do Direito
Civil cedo levado pela morte e companheiro de tribuna
de defesa.
Lamartine, amigo, não se conteve, no discurso para os
afilhados da turma de Direito da UFPR, 1966, e fez uma
sentida reflexão sobre “a volta dos bárbaros”. Foi uma
seta certeira no movimento militar. Sentindo-se limitado,
a partir daí, para atuar na justiça militar, passou
seus clientes para Dotti.
A experiência em jornal e
a carreira universitária
A propósito de jornalistas, registre-se a passagem de
René pelo jornal que, fundado em 1956, iria revolucionar