FORA DE CURITIBA
Surgiram propostas para sair de Curitiba e houve uma irrecusável da Rádio Nereu Ramos, de Blumenau, e fui trabalhar lá. Quem me indicou foi o Alfredo Otto, que tinha ido para lá pouco antes. Trabalhei alguns meses na rádio dirigida por Evilazio Vieira, o Lazinho, que havia sido jogador do Palestra Itália, em Curitiba. Era uma rádio avançada, com equipamentos modernos, programas de alto nível e tive bons momentos por lá.
FAMÍLIA
Mas, o apelo dos pais e da irmã me trouxeram de volta à Curitiba. Aqui chegando tive uma passagem pela Rádio Tingui, para onde fui indicado pelo Fuad Kalil e logo fui para a Rádio Colombo, onde era diretor geral o Sergio Fraga, com quem trabalhara na B2, inclusive participando de seus programas de auditório, como também participei dos programas do Mario Vendramel e o diretor de esportes era justamente ele, Machado Neto e assim voltamos a trabalhar juntos. Não demorou muito para o Fraga, que continuava na B2, me levar de volta para aquela casa e fiquei trabalhando nas duas.
IMPRENSA
A esta altura já começava a trabalhar também em jornal, fazendo reportagem policial para o Correio do Paraná, diante indicação do companheiro Hamilton Correia, que trabalhava comigo na B2. Eis que a Colombo foi vendida para o grupo liderado por Ervin Bonkoski e uma nova programação surgiu com força no jornalismo e fui requisitado para a reportagem geral e assim, por falta de tempo, me afastei do jornal, só voltando anos mais tarde.
Na Colombo fiz inúmeras coberturas, mas a B2 me abriu campo de trabalho com novas missões e fiquei por lá, fazendo esportes e jornalismo. Ao assumir a direção artística, Jair Brito me chamou e disse que precisaria de meu tempo integral no jornalismo, porque iria criar uma cobertura policial constante, com boletins durante todo o dia, inclusive de madrugada e também na Revista Matinal e eu seria o encarregado de tal trabalho. Foi colocado um carro a minha disposição com um transmissor WHF e Demerval Costa para me auxiliar. Foi aí que surgiu prá valer o José Domingos, repórter policial.
SEM PARAR
Trabalhava dia e noite e os resultados foram ótimos. Mais tarde foi contratado o Ali Chain para reforçar as reportagens policiais. Estava em alta quando fui chamado para conversar com Dr. Nagibe Chede, que estava mudando o nome de Rádio Emissora Paranaense, para Rádio Universo e pretendia montar uma grande equipe, o que acabou fazendo. Fui o primeiro contratado, com ótimo salário, direito a motorista e trouxe comigo da B2 o Lauro, motorista, excelente companheiro.
Depois foram contratados Wilian Sade, Aristeu Miguel, Almir Feijó e outros que faziam sucesso na Rádio Independência. A Universo passou a liderar a nossa radiofonia e ali, além dos boletins durante a programação com informações policiais dos locais dos acontecimentos, ainda tinha três grandes programas: um às primeiras horas da manhã, outro ao meio dia e um às 23h30. Todos com grande audiência.
TELEVISÃO
Nagibe era um empresário arrojado dos meios de comunicação, além da Rádio Emissora Paranaense, depois Universo, foi também proprietário da Rádio Curitibana e foi o pioneiro da televisão no Estado, instalando o Canal 12 – TV Paranaense. O primeiro estúdio foi no último andar do Edificio Tijucas e alguns dos funcionários da rádio, como Moraes Fernandes, (animador de programas radiofônicos, se adaptou rápido ao novo veículo, mostrando-se espirituoso brincalhão e comunicativo), Alcides Vasconcelos (este, uma das mais lindas vozes de todos os tempos em nosso rádio, apresentava os telejornais), Tonia Maria, excelente locutora tornou-se uma destacada apresentadora de televisão e foi sucesso durante muitos anos até encerrar a carreira na TV Iguaçú, Elon Garcia, apresentador com voz marcante e outros que não lembro no momento.