Outra face notória é a do Ernani comunicador social, iniciado como narrador de futebol na equipe de Airton Cordeiro, na Rádio Clube Paranaense, em 1971. E que continuou numa sucessão de jornais, revistas, televisão. Hoje faz comentários de futebol, de segunda a sexta, na Rádio FM 91,3. Suas crônicas estão aqui em Idéias, já estiveram em muitos jornais e revistas, e na Getz Comunicação , dividida com o filho Marco. É o espaço a expor criatividade redobrada diante das tradicionais e das novas mídias, que não param de aportar, geradas pelo apetite tecnológico. Da agência são sócios também Adalberto Gonçalves, Lucia Venzella e Maurício Ramos.
É dono de itinerário em publicidade que o torna verbete definitivo da propaganda paranaense, com passagens pela Associados, de Arnaldo Del Monte; revisor da Editora Laudes, Rio [1972-73], ], LM Propaganda, SGB, dos Sirotski,
Com atuação em São Paulo, Rio e P. Alegre, e da qual, em menos de dois anos foi guindado a diretor de criação, aos 25 anos de idade; em sociedade com Hiram Pessoa; redator da Foco Propaganda; diretor também redator da P.A.Z., de Zeno José Otto; Múltipla Propaganda, trabalhando com Desidério Pansera, Dionísio Rodrigues e Gilberto Ricardos dos Santos; nessa Múltipla, um marco particular: redator ao lado de notáveis como Jamil Snege, Bira Menezes, César Marquesine.com atuação em São Paulo, Rio e P. Alegre, e da qual, em menos de dois anos foi guindado a diretor de criação, aos 25 anos de idade; em sociedade com Hiram Pessoa; redator da Foco Propaganda; diretor também redator da P.A.Z., de Zeno José Otto; Múltipla Propaganda, trabalhando com Desidério Pansera, Dionísio Rodrigues e Gilberto Ricardos dos Santos; nessa Múltipla, um marco particular: redator ao lado de notáveis como Jamil Snege, Bira Menezes, César Marquesine.
Bacharel em Direito, pela Federal. (Arquivo)
O acadêmico, “imortal” da Academia Paranaense de Letras, é agora o entusiasta daquele espaço de debates literários; o curitibano-catarinense tem o domínio sem limites da cidade, sua alma, suas graças, suas contradições, seus cheiros, seus sotaques, seus sabores, seus tesouros escondidos em espaços insuspeitados, em heranças de Velho Mundo que se traem por falas e gostos docemente aculturados.
Ernani Buchmann tem todas essas faces. Para o grande público, a mais conhecida deve ser a do dirigente futebolístico que presidiu o Paraná Clube, de 1996 a 1997, anos em que o clube, sucessor de diversos outros, cuja origem foi o Ferroviário de Curitiba, sagrou-se campeão do Paraná. Foi um período em que as vitórias vinham com peso de muitas tensões, de quem tinha de avalizar, com patrimônio pessoal, salários de jogadores, funcionários e todas as transações financeiras do clube. O prazer, assim, tinha virado ônus e “contava os minutos para deixar o cargo”, diz.
O publicitário economiza palavras, corta excessos, fica com o substantivo; o ficcionista pode trair recursos usados em romances de cavalaria, ou, depois, escrevendo alguns tons acima da realidade, denunciar-se como alguém que leu muito García Márquez, Borges, Vargas Llosa, Bioy Casares. O repórter-historiógrafo redesenha traçados geopolíticos, identificando, a partir dos trilhos de trens, as paixões futebolísticas de cidades e dos ferroviários, ao lado de batalhas do Contestado e a devastação ambiental provocada com a implantação da ferrovia no Sul.
ERNANI BUCHMANN
historiógrafo da bola, escriba de Curitiba
Por Aroldo Murá Gomes Haygert
Ernani Buchmann (Foto: Diego Singh)
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior