Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
Depoimento concedido a Cinevídeo - áudio
Raul Mazza
Raul Mazza do Nascimento tem uma bela história na imprensa esportiva paranaense. Jornalista, sabe explicar em detalhes o que estava se passando num campo de futebol. Seus comentários são lúcidos e objetivos.
Mesmo profissional, Mazza nunca escondeu sua paixão pelo Atlético Paranaense. Criado nas proximidades da Baixada, ele foi gandula do grande goleiro Caju na década de 40. "Cresci junto do Atlético", afirmou.
O jornalista diz que o clube se profissionalizou, agigantou-se e sempre foi urbano, centro das atenções. Neste especial 80 Anos produzido pela Furacao.com, Raul Mazza também dá alguns conselhos à fanática torcida atleticana.
O Atlético tinha fama de ser um grande vendedor de jornais. Na década de 60, 70 e 80 bastava uma fofoca na Boca Maldita para que a Tribuna e a Gazeta publicassem a “informação”. Isso prejudicou a imagem do clube ou foi o contrário? Despertou ainda mais o interesse da torcida?
O Atlético nunca deixou de ser notícia em toda a parte: quando esteve embaixo, em cima, de qualquer jeito o clube foi informação. Acontece que o Atlético é um clube de massa, de apelo e o principal: é um clube urbano. Ele não é ligado a bairro nenhum. Ele é o centro da cidade. E justamente nocentro da cidade que acontecem as intrigas, as fofocas e todo o tipo de comentário. Quando o time ficava numa situação ruim, eram criados factóides, problemas no adversário.... então o Atlético sempre foi o clube que polarizou a notícia no futebol do Paraná.
Como cronista esportivo você deve ter vivido momentos especiais com o Atlético. Qual foi a sua maior alegria e a maior tristeza no rubro-negro como profissional?
O Atlético sempre foi o pólo centralizador de todas as notícias. Só que hoje com os meios de comunicação ele é mais distanciado, antigamente havia uma militância interna na Boca Maldita e nos cafezinhos, só que a turma da velha guarda ainda se liga. Hoje
Como cronista esportivo você deve ter vivido momentos especiais com o Atlético. Qual foi a sua maior alegria e a maior tristeza no rubro-negro como profissional?
Eu fui gandula do Caju em 1941 e praticamente nasci dentro do Atlético. Como eu morava perto da Baixada, na Rua 24 de Maio, eu me criei naquele ambiente, quando ainda nem existia o ginásio. Ver o Furacão de 49 foi a minha grande alegria e a tristeza foi o rebaixamento em 1967, seguido de uma extraordinária alegria quando o Jofre Cabral, o maior atleticano de todos os tempos, ressuscitou o Atlético.
O Atlético de hoje é muito diferente do Atlético de antigamente?
Não. É o mesmo Atlético só que agigantou-se. O Atlético sempre foi o pólo centralizador de todas as notícias. Só que hoje com os meios de comunicação ele é mais distanciado, antigamente havia uma militância interna na Boca Maldita e nos cafezinhos, só que a turma da velha guarda ainda se liga. Hoje tem Os Fanáticos, que vivem o dia-dia do clube.
Você falou dos torcedores. E essa nova geração o que precisa fazer para resgatar a alegria dos estádios?