RAUL MAZZA DO NASCIMENTO
O RÁDIO E A TELEVISÃO
DO PARANÁ
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
COM SATISFAÇÃO DO REENCONTRO COM IDOLO DE INFANCIA,
RAUL MAZZA DO NASCIMENTO E INÚMERAS RECORDAÇÕES
Por Zé Domingos
Ao almoçar no Green Life o restaurante vegetariano da Rua Carlos de Carvalho esquina de Visconde de Nácar, destaque-se ótimo, observo a presença de dois nomes dos mais expressivos da história do rádio paranaense Raul Mazza do Nascimento e José Maria Pizarro. Fui até a mesa e depois de uma conversa rápida me afastei, uma vez que já havia almoçado e tinha afazeres pela frente.
Ao deixá-los passei a relembrar passagens destes dois excelentes profissionais, especialmente de Raul que conheci menino quando meu irmão Luiz Fernando me levou para assistir jogos de futebol de salão, um esporte que chegava a Curitiba nos idos dos anos 50. Acho que transcorria o ano de 54 ou 55 e os jogos eram disputados no ginásio do Clube Atlético Paranaense, Rua Buenos Aires, onde hoje é a sede do rubro negro.
As disputas aconteciam nas noites de quartas e sextas-feiras e logo que chegamos ao ginásio o Luiz Fernando relatou que o campo localizado defronte pertencia ao Cinco de Maio, que conhecia de jogos no campo do Poti e explicou que atrás do ginásio era o Estádio Joaquim Américo, o estádio do Clube Atlético Paranaense.
O ginásio estava praticamente lotado e o Luiz Fernando foi me relatando detalhes do futebol de salão dizendo que chamavam de “esporte da bola pesada”, por ser sua bola feita de cortiça. Por ser a bola pesada era normal o jogador usar o bico para tornar os chutes mais fortes. Menino,com atenção e entusiasmo.
Ouvi a explicação de que os jogos eram transmitidos pela Rádio Marumbi chamada de “emissora dos esportes do Paraná” e logo o Luiz Fernando indicou onde estavam os radialistas, identificando-os como Osmar de Queiróz, Willi Gonzer e Raul Mazza do Nascimento, no rádio chamado apenas de Raul Mazza. Vidrado por rádio fui observá-los mais de perto e fiquei ali os ouvindo durante alguns minutos.
Foram disputados três jogos e nunca esqueci do ultimo reunindo São Francisco e Terwal em face de observar que alguns jogadores do São Francisco especialmente o goleiro Zé Mario eram vizina. Assim me tornei torcedor do São Francisco e até hoje recordo de alguns de seus jogadores como os irmãos Teixeira, Geraldo, Paulo e o mais novo que não recordo o nome, chamado de Teixeirinha, Macanhan, Ricardo, Renato Faucz, sendo o ultimo o goleador, o craque do time.
Recordo que o Luiz Fernando informou que no time do Terwal estavam alguns jogadores profissionais do Bloco Esportivo Morgenau como o goleiro Orlando, Paulo, Renatinho, Tiquinho (este o astro) e outros que não lembro. Um dos árbitros Adib Nassar que conhecera jogando futebol de campo pelo Poti e o outro Iberê de Souza que jogava também no futebol amador pelo Vasco da Gama, do Pilarzinho e sempre estava rindo. O Camelo massagista do Ferroviário, também estava entre os árbitros. Para nossa alegria, do Luiz Fernando e minha o São Francisco ganhou do Terwal e tenho em mente de que o Zé Mário fez defesas sensacionais, sendo apontado como o craque da noite. Se não estou enganado o resultado foi de três a dois. Depois ia seguidamente acompanhar os jogos de futebol de salão no ginásio do Atlético.
O Atlético deu uma alegria que foi o Campeonato Brasileiro de 2001 e essa nova geração ainda cultiva esse título. Você veja que o Atlético está fazendo 80 anos e o primeiro título expressivo veio quando tinha 77. E a torcida precisa saber como vai conviver com isso porque a turma da velha guarda agüentou rebaixamento, sofrimento, doze anos sem título e viveu bem!