Paulinho Vítola é de Curitiba! E aqui ainda não viveu ninguém igual: Paulo Vítola é o grande cronista da cidade. Muitos (Adherbal Fortes de Sá Júnior, Aramis Millarch, Renato Schaitza, Nireu Teixeira, Renato Muniz Ribas, Francisco Camargo, Roberto Gomes, Wilson Bueno, Cristóvão Tezza, Dalton Trevisan, Manoel Carlos Karam) escreveram Curitiba. Entretanto, só Paulinho Vítola contou e encantou na prosa, no verso e na canção! O pai da “Polaca Pixaim” é o menestrel que botou o acento leitE quentE na partitura:
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“Pandeiros, bandolins / Balalaikas, tamborins / Biritam nas biroscas do arlequim / Um surdo de Pequim / Bate em cada botequim / Anunciando pra você e pra mim / Em nossa Capital / Enfim é Carnaval / Nasceu a polaquinha do cabelo pixaim”.
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Parceiro de Lápis (1943-1978) no belíssimo “Dia de Arlequim”, também assinou com Adherbal Fortes de Sá Júnior um dos espetáculos mais marcantes da história de Curitiba: “Cidade sem portas”. Como compositor, tem o retrato na nossa galeria de heróis por ter produzido o primeiro dos sambas-de-enredo da cidade. Em 1970, Paulinho sacudiu a Escola de Samba Não Agite e a Marechal Deodoro, com os “Ciclos Econômicos do Paraná”. Curitiba é uma ilha de excentricidades, define Paulinho. Poucos conhecem como ele da terra natal, especialmente em se tratando de Carnaval, como ele escreveu no livro “Chucrute & abacaxi com vinavuste”:
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“Quando disse que São Paulo era o túmulo do samba, o poetinha cometeu um erro de 400 quilômetros. Mirou na Geografia, mas só acertou na História. Nos meus pesadelos, já posso ver outdoors espalhados pelo Brasil com mensagens do tipo “Tem Horror ao Carnaval? Nós também. Seja bem-vindo a Curitiba, a Capital do Brasil Diferente. Resta a esperança de que o povão da periferia se queime na parada, faça a festa do jeito que bem entender e prove que nem todo o pesadelo deve ser confundido com sonho profético. De repente, me peguei cantarolando: Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor…”
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Encerradas as inscrições na tarde de quarta-feira passada, Paulo Vítola é candidato à Cadeira Número 25 da Academia Paranaense de Letras, com eleição marcada para o próximo dia 15 de março. Consagrado músico, poeta e publicitário, a candidatura de Vítola já vinha sendo acalentada dentro da Academia muito antes de ele tomar posse como diretor-presidente da TV Educativa, a reformatada e modernizada E Paraná.
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Dante Mendonça (O Estado do Paraná/Tribuna do Paraná)