Programa DOCUMENTAÇÃO SONORA produzido e apresentado por CLAUDIO RIBEIRO por ocasião do aniversário da Rádio Clube Paranaense.
Acervo guardado por EUCLYDES CARDOSO.
Ary Beira Fontoura nasceu em Curitiba, no Paraná, no dia 27 de janeiro de 19331 . Filho de um professor e de uma dona-de-casa de origem italiana, desde muito cedo manifestou a paixão pela arte de representar: aos quatro anos, já gostava de imitar as pessoas e transformava diversas situações em cenas teatrais. Aos dez, cantava em programas infantis da Rádio Clube Paranaense.
Ser ator naqueles tempos, porém, não era uma escolha bem vista pelas famílias, e a profissão, ainda não regularizada, estava associada à marginalidade. Resolveu, então, cursar faculdade de direito, que abandonou no último ano para seguir sua verdadeira vocação. Por seis meses trabalhou no circo dos Irmãos Queirolo, uma das diversões da capital paranaense entre as décadas de 1940 e 1970. Entusiasmado em seguir carreira, arrendou um imóvel e montou um grupo de teatro amador, a Sociedade Paranaense de Teatro, com amigos que também queriam se dedicar à atividade. Destacou-se em radioteatro. No início dos anos 1960, foi diretor de teledramaturgia na TV Paraná, onde também apresentou shows de televisão.
Buscando novas oportunidades, mudou-se para o Rio de Janeiro, em 31 de março de 1964 – no dia do golpe militar. Entre um teste e outro para integrar o elenco de peças teatrais, conseguiu gravar um LP, com a experiência de quem havia sido cantor de músicas românticas, como boleros e samba-canções, em bordéis de Curitiba. Participou de comédias ligeiras e musicais, atuando em Como Vencer na Vida Sem Fazer Força, com Marília Pêra, Procópio Ferreira e Moacyr Franco, e fez malabarismos para sobreviver e não retornar à cidade natal. Chegou, inclusive, a engraxar sapatos no prédio onde alugava um quarto e conseguiu um emprego de cozinheiro numa lanchonete.
Entrevista em audio concedida a Aramis Milarch
ARY FONTOURA
Rádio Ator - Ator de Teatro - Teleator
Ator de Cinema - Dramaturgo - Diretor
Professor de Interpretação
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior